Em 21 de maio, a Coinbase lançou o “Tech Against Scams”, uma coalizão com as principais empresas de criptografia e tecnologia.
A Meta, a empresa de pagamentos blockchain Ripple, a Kraken e a Gemini são parceiras. A Global Anti-Scam Organization (GASO) e o Match Group, empresa controladora do Tinder e do Hinge, também estão a bordo.
De acordo com o anúncio oficial, essa aliança de grandes empresas de tecnologia tem o compromisso de compartilhar conhecimento, aproveitar a experiência coletiva e criar um ecossistema digital mais seguro.
Ao trabalharem juntas, elas pretendem evitar que os usuários sejam vítimas de fraudes on-line, incluindo golpes românticos e esquemas de pig butchering (abate de porcos).
A coalizão instruirá os usuários sobre o combate à fraude on-line e fornecerá as ferramentas para que eles se mantenham seguros.
Guy Rosen, CSO (Chief Information Security Officer) da Meta, enfatizou a importância da coalizão no aprimoramento da segurança digital e na interrupção de redes fraudulentas em todo o mundo.
Ele afirmou,
“Os golpistas e os grupos criminosos organizados que estão por trás dos esquemas de pig butchering (esquemas de abate de porcos) têm como alvo as pessoas em muitos serviços da Internet, o que torna difícil para qualquer empresa ver o quadro completo da atividade maliciosa e conta com cada um de nós trabalhando em silos.”
O CSO expressou ainda o otimismo de que a nova coalizão servirá como um multiplicador de forças para as equipes de segurança das empresas de tecnologia, permitindo que elas compartilhem percepções e tendências de ameaças e interrompam de forma mais impactante as redes de golpes em todo o mundo.
Muito antes de o documentário da Netflix “The Tinder Swindler” lançar luz sobre as táticas de manipulação usadas por golpistas em plataformas de namoro on-line, os golpes de romance já eram um problema generalizado.
Esses golpes geralmente envolvem a criação de contas falsas nas mídias sociais ou perfis em sites de namoro para gerar confiança nos alvos antes de convencê-los a enviar criptomoedas ou outras formas de dinheiro.
Em 2019, a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) informou que os golpes românticos aumentaram e se tornaram a fraude mais cara para o consumidor. As perdas saltaram de US$ 33 milhões em 2015 para US$ 143 milhões em 2018.
Fraude nas mídias sociais
A fraude nas mídias sociais é outro perigo claro e presente.
Em 2021, os consumidores dos EUA perderam US$ 770 milhões com golpes de mídia social, um aumento de 18 vezes em relação a 2017.
A FTC também informou que os golpes de investimento levaram a perdas de consumidores superiores a US$ 3,8 bilhões em 2022, mais do que dobrando o valor perdido em 2021. Esses números destacam a crescente ameaça de fraude on-line em várias plataformas.
A coalizão Tech Against Scams tem como objetivo criar um setor digital mais seguro, facilitando o compartilhamento de conhecimento e a colaboração entre diferentes setores de tecnologia.