Após a proibição do X por um tribunal brasileiro, a Bluesky cresceu, ganhando 1 milhão de novos usuários em apenas três dias, à medida que a concorrência se intensifica.
Depois que um tribunal brasileiro decidiu banir o X, seus concorrentes, especialmente a Bluesky, estão tendo um impulso significativo. Em 31 de agosto, o serviço registrou um aumento na atividade, atingindo níveis recordes.
O Bluesky liderou a lista de aplicativos gratuitos para iPhone no Brasil, ultrapassando o Threads da Meta, agora em segundo lugar. Em 1º de setembro, a plataforma anunciou no X que havia conquistado um milhão de novos usuários em apenas três dias.
O rápido crescimento da Bluesky é impressionante, especialmente desde que ela passou de um aplicativo somente para convidados para acesso público total em fevereiro.
De acordo com seu site oficial, em maio de 2024, a plataforma havia ultrapassado 6 milhões de usuários.
Enquanto isso, o X de Elon Musk enfrenta problemas legais no Brasil porque se recusa a bloquear contas vinculadas à desinformação eleitoral.
Depois que a X não cumpriu o prazo para nomear um representante legal local, o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ordenou a suspensão imediata da plataforma.
Moraes também alertou que os usuários que usassem VPNs para contornar a proibição poderiam enfrentar multas diárias de 50.000 reais (US$ 8.900).
Musk respondeu condenando a ação como um ataque à liberdade de expressão.
À medida que a proibição se aproximava, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva direcionou seus seguidores do X para seus outros perfis de mídia social, incluindo o Bluesky.
O X é supostamente usado por cerca de 10% dos 210 milhões de habitantes do Brasil.
Como a Bluesky se posiciona em relação ao X?
A Bluesky começou em 2019 como uma iniciativa apoiada pelo Twitter para desenvolver um protocolo social aberto e descentralizado e, desde então, tornou-se uma corporação independente de benefício público.
Jack Dorsey, cofundador e ex-CEO do Twitter, deixou a diretoria da Bluesky no início deste ano. A plataforma enfrentou a concorrência tanto de redes descentralizadas, como a Mastodon, quanto das principais plataformas de mídia social, como X e Facebook.
Em 28 de agosto, a Bluesky lançou recursos antitóxicos projetados para aumentar a segurança do usuário e lidar com o assédio. Essas atualizações incluem ferramentas para separar postagens de citações, ocultar respostas e filtrar notificações.
Essa medida tem como objetivo posicionar a Bluesky como uma alternativa mais segura ao X de Elon Musk, respondendo às crescentes preocupações com o discurso de ódio e a desinformação na plataforma.