A Meta está introduzindo uma nova opção para os usuários europeus do Instagram e Facebook, permitindo que escolham por anúncios “menos personalizados”, como parte de sua tentativa de cumprir com as regulamentações da União Europeia.
O Wall Street Journal informa que a medida será implementada em breve, sem custos, marcando um novo caminho para a proprietária do Facebook.
O novo formato exibirá anúncios contextuais com base no conteúdo com o qual os usuários interagem durante sua sessão de navegação atual, ao invés de usar seu histórico completo de navegação.
Esses anúncios ainda serão segmentados utilizando fatores demográficos básicos, como idade, gênero e localização. Alguns anúncios ocuparão toda a tela por alguns segundos, tornando-os impossíveis de pular.
Essa mudança é uma resposta direta à crescente pressão dos reguladores europeus, que exigiram que a Meta oferecesse uma alternativa gratuita e menos invasiva aos seus anúncios altamente segmentados.
Em uma decisão histórica em outubro, o tribunal mais alto da União Europeia, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), determinou que a Meta deve limitar a quantidade de dados pessoais utilizados para publicidade personalizada.
O tribunal se alinhou ao ativista de privacidade Max Schrems, que alegou, em 2020, que o Facebook usou suas informações pessoais, incluindo dados sobre sua orientação sexual, para direcionar anúncios.
Embora a Meta tenha argumentado por muito tempo que anúncios personalizados melhoram a experiência do usuário e a eficácia da publicidade, a empresa agora é obrigada a se adaptar aos marcos regulatórios projetados para limitar o uso de dados de usuários na Europa.
A introdução de anúncios menos personalizados é a segunda mudança no modelo de publicidade da Meta nos últimos meses. No ano passado, a empresa lançou um serviço de assinatura oferecendo uma experiência sem anúncios, disponível por uma taxa de €13 por mês.
Com a receita da Meta proveniente principalmente da publicidade, esse novo caminho pode afetar os lucros da empresa, especialmente na Europa, região que contribuiu com 23% da receita da empresa no último relatório financeiro.
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